terça-feira, fevereiro 23, 2010

A Tragédia da Madeira


O passado fim-de-semana foi para a ilha da Madeira o dasabar do mundo!... O forte temporal arrasou a zona da Ribeira Brava, do Curral das Freiras e toda a baixa da cidade do Funchal. O Caudal das duas ribeiras aumentou de tal ordem e a sua impetuosidade tornou-se tão intensa que arrastou tudo à sua frente: estradas, casas, carros, pontes. A avalanche de pedras e de lama foi tal que muitas viaturas ficaram quase subterradas! As imagens transmitidas pela televisão são aterradores... Quarenta e tantos mortos, 30 pessoas desaparecidas, 18 feridas e internadas no hospital e quase 300 pessoas desalojadas, muitas delas porque as suas casas desapareceram na voragem daquelas quase cataratas gigantes... Foi um verdadeiro aluvião de terras que deslisou pela força brutal daquelas impiedosas trombas de água.
Todas as instâncias governativas e de solidariedade da República e do Governo Regional da Madeira se mobilizaram rapidamente para repor a normalidade naquela nossa querida pérola do Atlântico. O espírito fraterno e de união lusa manifesta-se operativo e de boa saúde.
O Presidente da República e o Primeiro Ministro de Portugal logo se prontificaram a tudo fazerem para que os auxílios financeiros e logísticos se pusessem em acção, o que tem estado a acontecer. Deixaram às famílias das vítimas as mais sentidas condolências e palavras de conforto e de esperança. A Comissão Europeia já se prontificou a accionar os meios financeiros para este tipo de tragédias. De muitas partes do mundo surgiram mensagens de solidadriedade e apoio. A televisão e as agências noticiosas do mundo ocidental difundiram à saciedade a tragédia da Madeira. Mesmo depois do apelo insistente do Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João, para quem tamanha difusão prejudica a economia do Arquipélago madeirense. Opinião seguida por uma imensa multidão de comentadores dos mais variados sectores.
Por causa desta tragédia, Portugal está de luto. A Madeira e o seu povo merecem toda a nossa solidariedade. Salientamos, por fim, a manifestação de dor e consternação de Sua Santidade o Papa Bento XVI, bem como do Sr. Bispo do Funchal, D. António Carrilho. Ambos garantem a sua oração e solidariedade. O Papa enviou na sua mensagem a D. António condolências e a garantia da sua oração pelas vítimas e seus familiares e ao povo da Madeira a sua bênção.

Joaquim Pinho