O que a net tem transmitido por estas horas, neste dia 28 de Fevereiro, acerca de uma actuação da polícia da África do Sul é terrífico. Por causa da discussão provocada por um estacionanmento de um cidadão moçambicano, o insólito, o inqualificavél, o impensável nesta altura da civilização humana aconteceu: agentes da polícia sul africana, depois de espancarem brutal e animalescamente o referido cidadão, amarraram-no à traseira de um forgão e arrastaram-no pela rua até à morte! Nem mesmo os gritos e os apêlos da multidão ali a assistir ao macabro castigo, serviram para aplacar a irracionalidade daqueles animais... Nem as ameaças de publicar aquela macabra execussão na net! Arrastar uma pessoa daquela maneira, de zorro pela rua, puxada por um veículo motorizado? Mas afinal onde é que nós estamos? Em que planeta estamos nós? No planeta dos macacos (parece que aí se estaria melhor...)? Tive a sensação de que aqueles senhores (que disse eu?... Senhores?!... ), quero dizer, aquelas cavalgaduras, pertenciam a um grupo terrorista, mas não, eram afinal, confirmado pela notícia, agentes da polícia sul africana. Isso é que é o drama de uma sociedade democrática renascida da vergonha do apartheid para a liberdade. Como pode a polícia de uma nação que se redimiu do apartheid reeditar acções próprias daquele abominável e supostamente erradicado sistema?
Diante de uma monstruosidade anti-civilizacional, ninguém pode ficar indiferente e calado... Não se pode calar a sociedade e as instâncias políticas e governativas da África do Sul, nem de Moçambique, nem do mundo inteiro!... Não se pode calar a Igreja, perita em humanidade, nem na África do Sul, nem em Moçambique, nem no Vaticano nem em parte nenhuma do mundo!...
É inadmissível que o mundo assista impávido e sereno a uma bestialidade daquela natureza.
Que vença a razão! Que imperem os direitos humanos!
Homens, sede homens! Não sejais dinossauros!
Joaquim Pinho